Metal Hammer entrevista o Avenged Sevenfold

12-12-2013 23:03

A Metal Hammer entrevistou o Avenged Sevenfold para a edição da revista em Dezembro. Eles falaram um pouco sobre como anda o rock e o metal nos Estados Unidos atualmente,o relacionamento entre a banda, sobre o que o metal se tornou hoje em dia, como o A7X é como uma família, sobre os fãs, turnês, a opinião das pessoas sobre a banda desce o inicio e muito mais! 

 

“O metal levou uma surra – queremos fazê-lo ser perigoso. De novo!”

Obsessão. Eles podem ser atualmente a melhor banda de metal do mundo, mas o Avenged Sevenfold ainda sabe caminhar com cuidado. Afinal de contas, tudo pode mudar num piscar de olhos na indústria musical de hoje…

 “Todos nós ouvimos pessoas em bandas gritando bem algo recentemente: fodam-se os haters!” - Três chances para adivinhar de quem M.Shadows está falando. 

O bar no hotel Ritz-Carlton de Atlanta cheira a dinheiro. Todo coberto de madeira escura, decoração em tons claros, e carpetes de fibras longas, oferece uma hospitalidade sulista top de linha aos moradores mais ricos da cidade e turistas com bolsos fundos, com garçons vestidos com ternos deslizando silenciosamente pelo cômodo como se estivessem sobre rodas. A Metal Hammer está dividindo uma bebida com o frontman do Avenged SevenfoldM.Shadows, quando uma estilosa empresária por volta dos 40, claramente intrigada pela presença de um homem com muitas tatuagens e cabeça parcialmente raspada em um ambiente tão elegante se aproxima.

“Desculpem por incomodá-los”, interrompe ela, num suave sotaque da Georgia, que estica vogais como goma de mascar. “Estamos morrendo para saber, qual é o nome da sua banda?”

Shadows, que está matando o tempo esperando pelo retorno de sua esposa Valary de um passeio pelo shopping, conta à mulher o que ela quer saber.

“Avenged Seventy Four! Muito legal!” diz ela, antes de retornar aos seus companheiros numa mesa vizinha a fim de passar a frente seu conhecimento recém-adquirido. “É Avenged Seventy Four”, repete ela em voz alta, enquanto Shadows educadamente luta para abafar uma risada.

O nome da banda pode ainda não estar nos lábios de todos, mas o Avenged Sevenfold está curtindo o melhor ano de suas carreiras, até hoje. Em agosto, o sexto álbum do quinteto, Hail to the King, foi classificado como o Número 1 nas listas do Reino Unido e dos Estados Unidos: oito semanas depois, as vendas do álbum haviam chegado a 300.000, apenas nos Estados Unidos. Nenhum outro acontecimento no metal vai chegar ao menos perto de tocar esse tipo de número em 2013. Tanto é que a banda está atualmente tocando em arenas de 15.000 – 20.000 lugares pelos Estados Unidos, com seus heróis da adolescência, o Deftones, e os suecos do Ghost como apoio.

Você pode, com razão, esperar que tais conquistas tenham adicionado um novo estilo à caminhada dos caras de Huntington Beach. Inclusive, na véspera do show número 8 de sua turnê de 15 shows, há um tom de cuidado na voz de M.Shadows, enquanto ele fala sobre o atual status de sua banda, como a melhor banda de metal dos Estados Unidos. Não que o frontman esteja insatisfeito. É mais que ele acredita que ainda há muito mais para se fazer, e ele está ansioso para que o Avenged Sevenfold preencha completamente seu potencial.

“Pra ser honesto, eu acho que o rock está num lugar muito ruim nos Estados Unidos neste momento,” explica ele. “Eu não sinto que os Estados Unidos realmente se importam com o rock atualmente. Honestamente, é um pouco assustador. Seria mais legal se houvesse um novo Big 4 (Anthrax, Slayer, Megadeth e Metallica) liderando o ataque e levando o metal a um novo lugar, mas é muito óbvio agora que o metal está levando uma surra. Nós queremos que o metal seja perigoso, novamente. O quão legal isso seria?”

Dez anos se passaram desde que o Avenged Sevenfold tocou pela primeira vez em Atlanta, abrindo a turnê Plea for Peace, com The Dillinger Escape Plan, Poison the Well e Eighteen Visions, diante de uma plateia que Shadows se lembra de como “talvez” 30 pessoas. Naquele tempo, os californianos estavam dormindo com suas cabeças em cases de guitarra na parte de trás de uma van Econoline bem sofrida e não nos travesseiros de linho do Ritz-Carlton: muita coisa aconteceu nesta década. E na verdade, de algumas formas, quanto mais as coisas mudam para o Avenged Sevenfold, mais eles permanecem os mesmos. Esta noite enquanto eles se esgueiram para dentro do bar, um por um, à frente de uma noite de banda e equipe para celebrar o aniversário do produtor de turnês Marvin, é evidente a força com que eles estão todos conectados. Enquanto eles trocam abraços, cumprimentos de mão e sorrisos de orelha a orelha, a camaradagem entre Shadows, os guitarristas Synyster Gates e Zacky Vengeance, o baixista Johnny Christ e o baterista Arin Ilejay fica clara: com esposas e namoradas a tiracolo (sem mencionar o adorável filho de 15 meses de Shadows, River), há um clima genuíno de família. Se Shadows é inquestionavelmente o macho alfa da banda, Synyster é um cara mais cheio de ideias, pensativo, embora igualmente influenciador. Zacky e Johnny são mais quietos e diferenciam-se dos outros dois, enquanto o novato Arin, presente na banda desde 2011 e só recentemente aceito como um membro oficial fica nas sombras, mas é uma pessoa carismática que poderia facilmente ser frontman em outra banda. Juntos, eles exibem a confiança de um grupo instintivamente alerta de que este é o momento deles.

No verão de 1991, quando o Black Album, do Metallica, atingiu o topo da lista da Billboard, Lars Ulrich recebeu a notícia por fax durante uma turnê pela Europa. Relembrando este momento na Rolling Stone, um ano depois, ele observou, “Você acha que um dia algum babaca vai te dizer “Você tem um álbum número 1 nos Estados Unidos e o mundo inteiro vai ejacular. Foi tipo, “Bem, OK.” Foi apenas como outra merda de fax do escritório.” Falando com o Avenged Sevenfold sobre suas reações ao Hail to the King ter atingido o topo das listas dos dois lados do Atlântico, há um sentido similar de uma banda levando o sucesso firmemente em seu progresso. E quando Shadows e Gates conversam sobre as projeções de vendas e questões de indústria com os olhos de águia de presidentes de grandes companhias, fica claro que estes são homens jovens com seus olhos fixos muito firmemente no jogo.

Tendo conseguido o topo da lista da Billboard com o albúm de 2010, Nightmare, o sucesso de Hail to the King nos Estados Unidos não era inteiramente algo imprevisto pelos dois, mas o sucesso do álbum em todo o mundo – HTTK também ficou no topo das listas da Irlanda, Canada, Finlândia e Brasil – veio como uma verdadeira surpresa.

“Eu me lembro da gente vendendo todos os 5.000 ingressos disponíveis no Gibson Amphotheatre, em Los Angeles, e voando direto para a Alemanha para tocar numa casa com capacidade para 300 pessoas, onde havíamos vendido apenas 120 ingressos,” diz Shadows. “Isso foi quando o City of Evil começou a decolar de verdade nos Estados Unidos, mas parecia que a Europa estava menos interessada. E agora, nossas vendas de ingressos na Europa estão simplesmente esmagando o que estamos fazendo nos Estados Unidos. É uma sensação muito boa. Dá a impressão de que estamos construindo um culto abrangendo o mundo todo. E que isso é apenas o começo de algo especial.”

“Temos sorte de os nossos fãs ao redor do mundo terem abraçado nossa evolução”, diz Gates. “Sabemos o quão sortudos nós somos. Queremos mudar as vidas das pessoas. Não estou dizendo que somos um presente de Deus, mas que estamos tentando fazer a diferença. Estamos fazendo todo o possível para nos lançarmos à frente em cada aspecto do que significa ser uma banda. Porque isso realmente importa pra gente. E nós sabemos exatamente o quanto isso significa para as pessoas aí fora, também. E é sobre isso que essa turnê é: levar coisas a um novo nível.”

Já é fim de tarde no dia seguinte, quando nos encontramos com a banda de novo. É justo dizer que eles já estiveram com humor melhor. Parece que o motorista com a missão de levar a banda do hotel até nosso set de fotos – um magnífico set chamado “The Goat Farm” (A Fazenda de Cabras), que anteriormente serviu como set de filmagens de “Jogos Vorazes” e do seriado “The Walking Dead” – deu apenas uma breve olhada nas instruções de direção e decidiu levar a banda a uma fazenda de cabras de verdade, a cerca de 10 milhas a sul.

“Nós chegamos lá e tinha um cara saído de um filme do Rob Zombie no portão,” resmunga o produtor da turnê, Marvin. “Sabe lá o que teríamos encontrado lá dentro.”

“The Goat Farm”, também, tem uma atmosfera única. 12 acres em volta de uma fábrica de algodão do século 19, uma atmosfera entre Londres de Charles Dickens e o set do filme de terror Deliverance, de John Boorman. Com galinhas ciscando pela poeira do chão, trens de carga passando por perto e o ar sendo preenchido por gritos esporádicos de um grupo de teatro local ensaiando uma performance que soa alarmantemente como um filme pornô sado masoquista do Eli Roth, é um set cheio de sons, vida e cores, e a banda começa a se acalmar, enquanto são preparados pelo confiável fotógrafo da Hammer, John McMurtrie.

Num set tão teatral, é inevitável que a conversa logo se volte para a espetacular produção que o Avenged Sevenfold está atualmente mostrando ao redor do país. Desenhado numa colaboração entre a banda e a equipe e cheio dos visuais de matança da faixa título do álbum, é, nas palavras orgulhosas de M.Shadows, “o maior e mais maldoso show de rock no circuito.” A banda tem tocado em um grande castelo tridimensional, flanqueada por imagens de esqueletos sanguinários: a produção inclusive tem o seu próprio “Eddie” na forma de um rei esqueleto que rege o caos que vai se desenrolando. A banda está, compreensivelmente, muito orgulhosa de seu tamanho e espetáculo. Zacky Vengeance descreve isso como “um pesadelo feito de carne”.

“Houve vezes, no passado, que subir no palco era um pouco estranho,” o guitarrista admite, “mas agora nós temos um novo senso de propósito. Nossas horas em cima do palco são, sem dúvida, as melhores duas horas de nosso dia.”

“Espero que não sejamos os últimos dos moicanos quando o assunto é fazer um show imenso, louco e teatral,” acrescenta Synyster. “Isso é o que nós crescemos vendo, com bandas como Iron Maiden e Metallica, e eu realmente espero que não sejamos os últimos de uma espécie em extinção. Queremos explodir as cabeças das pessoas, assim como tivemos nossas cabeças explodidas por shows imensos, enquanto estávamos crescendo. O metal deveria ser espetacular e dramático. Quando as pessoas investem seu tempo e dinheiro para vir nos ver, nós devemos a eles a melhor noite de suas vidas.”

A escuridão já se espalha sobre Atlanta quando chegamos ao local do show, o Aaron’s Amphiteather, em Lakewood, com capacidade para 19.000 pessoas. Quando o Avenged Sevenfold visitou esse local pela primeira vez, durante o Warped Tour de 2003, eles tocaram um set de seis músicas de cima de um caminhão, no estacionamento. Como evidenciado pelas milhares de pessoas, quase universalmente vestidos em camisas do Avenged Sevenfold, correndo pelo lugar enquanto chegamos, a noite de hoje vai tomar uma escala muito maior.

O backstage é uma grande agitação. Homens barbudos latem em seus walkie-talkies, enquanto caixas de equipamentos são arrastados pelos corredores e todos parecem determinados a gritar um pouco mais alto que todo o restante. Dentro do camarim da banda, em comparação, há um oasis de calma, enquanto Shadows balança River em seus joelhos e família e amigos, incluindo Brent Hinds e Brann Dailor do Mastodon, conversam pelo lugar. Pouco tempo depois, o lugar é esvaziado para que Shadows tenha tempo e espaço para fazer seu aquecimento vocal, enquanto vários membros da banda vêm até a sala da produção para conversar com a gente.

Bem agradável, Arin Ilejay está acompanhado de sua esposa quando chega a hora de dar sua entrevista. O baterista de 25 anos descreve essa turnê e a entrada em definitivo para a banda como “um sonho tornado realidade.”.

“Eles me colocaram sentado quando chegou a hora de fazer o vídeo de Hail to the King e falaram tipo: “Cara, você realmente quer fazer isso?” relembra ele.

“Eles não queriam mais que a banda fosse 4 caras e um músico contratado – eles queriam que nós fossemos um só. E tudo ficou mais sólido nessa turnê. Quero dizer, é um imenso passo pra mim. Eu coloquei muito esforço nisso e sempre estive em busca da minha alma pra isso, porque você não pode simplesmente se preparar para entrar numa banda desse tamanho e importância, mas eu estou comprometido com, o que quer que aconteça. Agora eu sento na parte de trás do palco todas as noites e vejo milhares de pessoas que realmente acreditam em nós, dando tudo por nós e é simplesmente inacreditável.

“Isso não é um show fashion, é uma família de verdade e está sempre aumentando,” sorri Zacky Vengeance. “Quando você olha e vê pessoas ficando loucas com as músicas que você escreveu e que eles acabaram de fazer tudo o que podiam para ir ao show numa noite de trabalho ou de estudos, para dar apoio a você, isso é simplesmente muita coisa. Eu vi vários comentários inacreditáveis de fãs verdadeiros como “Este é o melhor show em que já estive”, e quando você ouve algo assim, realmente parece que você está fazendo a diferença.”

Synyster Gates não tem a menor dúvida a respeito da importância dessa turnê para sua banda. Um estudioso dedicado da história do metal, quando ele fala sobre como o Mastodon estaria vendendo todos os ingressos em arenas como essa, ele fala com a paixão de um fã de verdade. Então, é um pouco alarmante, para não dizer pior, ouvi-lo dizer que o metal é “um gênero em extinção” nos Estados Unidos. Em sua opinião, o metal é novamente um movimento underground nos Estados Unidos e se isso soar alarmante tente pensar numa única banda de metal que conseguiu disco de platina nos últimos cinco anos. Você vai lutar pra achar. Enquanto as raízes da cena do metal estão férteis e vivas, não há outra banda de metal com membros abaixo dos 40 anos de idade neste circuito, o que levanta algumas questões perturbadoras para o futuro.

“Música é algo cíclico,” afirma Synyster. “O metal vai se reerguer. O metal tem que revidar. Porque agora, rádios alternativas nos Estados Unidos apenas tocam coisas do tipo Riverdance, com bandas como Mumford & Sons e The Lumineers em loop, então, nunca foi tão importante para as bandas de rock mostrar às pessoas uma realidade diferente.”

 

NASCIDOS PARA SEREM REIS 

 

Mesmo em 2003, o Avenged Sevenfold estava pronto para ganhar o mundo…

 

Quando a Hammer falou pela primeira vez com o Avenged Sevenfold, quase 10 anos atrás, era imediatamente aparente que a banda tinha tanto a ambição quando a confiança requerida para buscar sonhos dessa intensidade.

“Sempre olhamos para uma banda como Pantera, ou Megadeth, ou Metallica,” nos disse M.Shadows. “Tudo que cresce no metal e fica no topo começou do underground e nós estamos decididos a fazer turnês até não poder mais e fazer isso até que as pessoas prestem atenção na gente.”

Surfando numa onda de ovação e excitação gerados pelo sucesso de seu segundo álbum, Waking the Fallen, os caras do Orange County já tinham se protegido contra o massacre de cinismo e críticas e estavam preparados para dividir opiniões. Uma década depois, suas levadas musicais foram mais do que justificadas pelo sucesso comercial de Hail to the King.

“Sabíamos desde o começo que se as pessoas não tivessem uma opinião forte a nosso respeito, então isso nunca seria algo especial.” disse o vocalista, lá em 2003. “A maior parte das maiores bandas do mundo, você ou as ama ou as odeia, e nós nunca quisemos ser diferentes disso. Mesmo que alguém viesse até mim depois de um show e dissesse, “Aquilo foi uma merda! Que merda você acha que tá fazendo!?”, eu iria embora feliz, porque aquilo teria forçado nele uma reação e ele sempre se lembraria de nós.”

E aqui está uma coisa que você deveria saber sobre shows nos Estados Unidos: de um ponto de vista de frequentador de shows no Reino Unido, pode parecer que os poderes (em relação às casas de shows) estão determinados a fazer tudo a seu alcance para impedir que o público se divirta. Não há moshpits. Não há stage divers. Você não pode se espremer até a grade, a não ser que tenha um ingresso especial. Você não pode colocar sua namorada nos ombros. Você não pode nem mesmo comprar uma cerveja para você e seu amigo, sem que vocês dois fiquem na fila e cada um de vocês apresente suas identidades. Em determinado momento desta tarde, o produtor da turnê foi informado que se o Avenged Sevenfold passar mesmo 10 segundos do limite de tempo do show, o som será cortado. É na verdade, um sistema imensamente controlado. E para que uma banda de rock consiga transformar toda essa esterilidade na melhor noite da vida de alguém, é requerido um altíssimo nível de comprometimento, para não falar heroísmo. Se o metal tem um futuro de verdade num país onde foi marginalizado e quase completamente abandonado por rádio, TV e a imprensa mainstream, shows como este são imensamente importantes.

E de verdade, essa é uma produção genuinamente emocionante, gloriosamente dramática; uma revolta de chamas que põem fogo em Atlanta, seguindo excelentes e bem recebidos sets do Ghost e do Deftones. O momento chave desta noite ocorre antes de Welcome to the Family, a terceira música do set do Avenged Sevenfold, quando M.Shadows pede que aqueles que estão assistindo sua banda pela primeira vez levantem suas mãos… e mais da metade do público faz isso. Na verdade, a quantidade de pessoas presentes esta noite não é tão impressionante – no máximo 60% da casa de show está cheia – mas a conexão entre a banda e seu público é inegável e inspiradora. Significativamente, está em suas músicas mais novas, da abertura com Shepherd of Fire através da levada “panteresca” da canção que dá nome ao álbum, ao groove inspirado no Metallica de This Means War, até Requiem, que deixa todos de queixo caído. É aí que a conexão se mostra mais forte. Shadows dedica Fiction, ao falecido baterista, The Rev, dizendo “Está foi a última canção na qual Jimmy cantou. Ele será parte dessa banda para sempre” enquanto montagens de fotos do falecido amigo surgem nos telões que flanqueiam o palco. Quando Bat Country fecha o set, sendo ovacionada, é difícil pensar em como esse show poderia ser melhorado em termos de drama e dinâmica, palco e espetáculo, como vocês certamente verão, quando o quinteto vier até nós, este mês.

“Nenhuma outra banda de metal está fazendo o que nós estamos,” afirma Shadows, confiante, enquanto abraços pós show e toques de mão são trocados num camarim cheio de contentamento. “Nós todos ouvimos pessoas em bandas, que eu não vou dar publicidade, gritando com toda a força de seus pulmões, reclamando, mas fodam-se os haters. Pessoas sabem que vão conseguir mais atenção falando merda sobre a gente e se esse é o jeito que eles querem tocar suas bandas, tudo bem, mas não é o que nós faríamos. Nós saímos de casa e quebramos tudo toda noite e você pode ver o que isso significa para as pessoas.”

“Nós queremos fazer as coisas do jeito certo,” acrescenta Synyster Gates. “Nós somos sortudos de sermos parte de um gênero único e estamos lutando pelo metal, pelo renascimento da música que amamos: nós acreditamos nisso e ver milhares de pessoas saindo de casa para um show em que colocamos alma e coração é simplesmente incrível. Não estamos inseguros sobre isso. Nós sabemos o ponto em que estamos, mas todos nós sabemos que ainda há muito mais pela frente. E eu quero levar todo mundo comigo pra dar esse passeio.”

 

UM EM UM MILHÃO

 

Quando o Hail to the King debutou como número 1 nas listas dos EUA e do Reino Unido, simultaneamente, em agosto, o álbum se tornou um dos poucos álbuns de metal que atingiu essa marca neste século.

O Black Sabbath conseguiu um topo de listas simultâneo com o álbum 13, deste ano, mas antes disto, você tem que voltar até 2008, pra encontrar o Metallica atingindo esta marca com o Death Magnetic e o AC/DC fazendo o mesmo com seu 14º álbum de estúdio, Black Ice.

Apenas mais uma banda de metal pode se incluir nessa lista de feitos históricos: O Chocolate Starfish and the Hot Dod-Flavoured Water, do Limp Bizkit, esteve no topo das listas dos dois lados do Atlântico em outubro de 2000.

Tendo o The Final Frontier do Iron Maiden, debutado como número 1 em incríveis 28 países no verão de 2010, o álbum apenas atingiu número 4 nos EUA. Algo pra se mirar para uma próxima vez, quem sabe…"

 

Créditos: A7X:BR - Avenged Sevenfold Brasil - Site Oficial Brasileiro