Krone entrevista Arin Ilejay

15-04-2014 20:12

A Krone entrevistou o Arin Ilejay onde ele comenta sobre sua entrada na banda, o impacto da perda de The Rev e sua participação na produção de “Hail to the King”.

 

Krone: Com o álbum mais recente “Hail to the King”, vocês foram colocados em 1º lugar nos Estados Unidos e na Inglaterra, o que é maluquice para uma banda de metal. Acha que agora é a hora de conquistar o mercado europeu?

 

Arin Ilejay: (Risos) “Nosso objetivo é obter sucesso com o novo álbum em todos os mercados.”

 

Krone: Nos Estados Unidos vocês sempre alcançam o primeiro lugar.

 

Arin Ilejay: “Estávamos muito esperançosos com o resultado na Europa, e foi graças a Deus, brilhante para nós.”

 

Krone: “Hail to the King” inclui várias citações que refletem a influência de grandes bandas dos anos 80. Quando você descobriu o seu amor por esse tipo de música?

 

Arin Ilejay: “Para mim, começou durante a produção do novo álbum. Ao contrário dos outros, eu não cresci com esse tipo de música, havia um abismo entre nós. Os outros ouviram Metallica e Pantera muito cedo – o mais comum entre nós foi o Led Zeppelin. Era a minha banda favorita. Toda a onda de bandas como o AC/DC passou batida durante a minha infância. Durante o processo de gravação, naturalmente tive de lidar com músicas e bandas do passado, e com certo tempo eu realmente consegui construir um tipo de relacionamento com esse tipo de música e isso melhorou as minhas performances ao vivo.”

 

Krone: O que tem lhe impulsionado ultimamente a seguir esse caminho musical?

 

Arin Ilejay: “O que mais me impulsionou foi a vontade de produzir um álbum clássico que resistisse ao tempo. Vemos bandas como Iron Maiden, Metallica e AC/DC, que apesar de possuírem umas músicas bem simples, mantêm uma performance perfeita ao vivo. Voltamos um pouco, pensamos e reconhecemos a grande influência dessas bandas em nós. Mas o efeito que queremos ao vivo pode inspirar muita gente. Nossa meta é simplesmente dominar o mundo.”

 

Krone: Como você se contrapõe às criticas que insistem que “Hail to the King” é uma mera imitação do “Black Album” do Metallica?

 

Arin Ilejay: “Hum... Não sei. Não perdemos muito tempo pensando sobre esse tipo de coisa. Na verdade, não nos importamos, porque no final das contas, estamos aqui para fazer a nossa música. Se os fãs gostam, tudo bem. Além disso, somos honestos a nós mesmo e produzimos o tipo exato de música que amamos fazer. A resposta positiva dos nossos fãs supera qualquer coisa.”

 

Krone: Como você vê o seu trabalho na banda? Há dois anos você se juntou à banda, disposto a seguir os passos de The Rev, que teve um imenso impacto no som do Avenged Sevenfold.

 

Arin Ilejay: “Provavelmente, o mais difícil é o fato de que ele não pode sair do túmulo para me pôr para fora (Risos). Suas qualidades musicais e líricas influenciaram muito a banda, e eu admiro muito isso. Para mim, como músico, esse papel é um desafio incrível. É muito louco tocar as músicas dele ao vivo. É como se um sonho tivesse se realizado, porque ele já era um dos meus bateristas prediletos, e poder tocas as músicas dele é sem dúvida uma grande honra para mim.”

 

Krone: Você fez parte do processo de escrita das músicas do “Hail to the King”?

 

Arin Ilejay: “Na verdade, não – eu basicamente me sentei e assisti a tudo, porque os caras realmente entendem muito mais da música deles e da banda. Não tinha como eu ajudar muito, porque eu era o novato da banda e tinha que me concentrar naquilo para que eu fosse capaz de continuar o trabalho do The Rev de uma forma digna, sem excesso de motivação. Sempre que eu chegava com ideias, os caras falavam que eu deveria me manter sob a política deles em relação ao álbum. E eu dizia: “Certo, pessoal, me digam o que fazer, e eu farei.” Inicialmente, havia certos mecanismos na banda que eu não entendia completamente, até que fomos para o estúdio. Quando começamos a gravar as músicas, eu “me liguei”.”

 

Krone: No início você era apenas um membro de apoio. Quando os integrantes decidiram contratá-lo como um membro oficial da banda?

 

Arin Ilejay: “Após a gravação do “Hail to the King”. Antes nós só falávamos sobre minha possível participação nas turnês e etc. Então eu comecei a perguntar se eu poderia tocar “isso e aquilo”, ou me apresentar ao vivo com piadas. Até que o questionamento sobre eu gravar ou não o álbum foi levantado e todos ficaram felizes. Eventualmente, comecei a dar entrevistas. Depois que o álbum foi finalizado, os meninos falaram: “Beleza, cara. Queremos que você seja nosso baterista pelo resto de nossas vidas.”“

 

Krone: Você aceitou a proposta imediatamente ou parou para pensar?

 

Arin Ilejay: “Só um pouco. Tirei uma ou duas semanas para pensar severamente sobre essa decisão.”

 

Krone: Qual a razão para que “Hail to the King”, em uma comparação direta, soe mais positivo que o “Nightmare”?

 

Arin Ilejay: “Nem pensamos no “Nightmare” durante o processo de escrita. Após o último álbum, nosso pensamento foi simplesmente continuar. Como uma banda, você quer continuamente se certificar de que seus fãs estão recebendo um novo conceito sobre seu trabalho e de que irão lhe acompanhar em novas jornadas. Nós só queríamos mostrar que evoluímos, crescemos. Crescemos muito desde o “Sounding The Seventh Trumpet” e o “Waking the Fallen”, há dez anos. A mesma coisa com o “City of Evil” e o “Self Titled”. É um constante processo de desenvolvimento.”

 

Krone: Levando em conta o estilo da banda agora, eu imagino que não goste muito de tocar músicas do “Sounding the Seventh Trumpet”, da época Metalcore.

 

Arin Ilejay: “Absolutamente inverídico. Gosto de todo o nosso catálogo musical e me divirto muito tocando coisa antiga. Infelizmente, não vamos tão longe nos shows, tocamos apenas à partir do “Waking the Fallen”. Quanto mais antigo, mais difícil. Por exemplo, as músicas do “City of Evil”, me deixam louco na bateria. “Burn It Down” é uma loucura.”

 

Krone: Acha que vai participar ativamente do processo de escrita do próximo álbum?

 

Arin Ilejay: “Sim, tenho certeza de que estarei bem mais envolvido em todo o processo.”

 

Krone: Já possui alguma ideia?

 

Arin Ilejay: “Sim, aqui e ali, conversando com M. Shadows. Mas estamos nos focando estritamente ao “Hail to the King” e iremos aproveitar esse momento enquanto pudermos. Antes de desperdiçar pensamentos no próximo álbum, preferimos fazer com que o atual funcione, fazendo turnês da melhor maneira possível e nos divertindo.”

 

Krone: M. Shadows é agora, de fato, um pai. Veremos a criança em turnê?

 

Arin Ilejay: “Por enquanto não, mas com algum tempo poderão encontra-lo.”

 

Krone: Isso significa que o que acontece nas “after-parties” é, portanto, limitado?

 

Arin Ilejay: “Não (Risos). Parece loucura, mas realmente crescemos muito. Preferimos sentar em um bar e tomar umas cervejas. Assim todos se divertem. Sem mais loucuras. Sem linhas de cocaína em uma bandeja de prata, nem nada do tipo. (Risos) Estamos bem mais tranquilos e quietos.“

 

Krone: Bom saber. Quais são os próximos passos do Avenged Sevenfold?

 

Arin Ilejay: “Estaremos em turnê constantemente. Pelo menos por um ou dois anos. Queremos que o álbum se espalhe por todo o mundo.”

 

Krone: E também ganhar alguns Grammys.

 

Arin Ilejay: “Sim, isso definitivamente não seria ruim. (Risos)”

 

 

Fonte: Avenged Brasil