Crave Online com Synyster Gates

15-04-2014 20:36

A ‘Crave Online’ publicou alguns destaques da entrevista de Synyster Gates em sua Master Class. Alguns tópicos que não constam na matéria da Infectious Magazine, porém nesses trechos vocês encontraram teorias de aprendizado, o A7x ser uma banda orientada por dois guitarristas, apresentações em pequenas cidades pequenas, músicas com o Jimmy e muito mais: 

 

 

Quando o Avenged Sevenfold estava começando, havia alguma inclinação de probabilidade que os fez pensar que o som de vocês seria tão dependente da guitarra ou que você e Zacky Vengeance fossem se tornar integrantes tão importantes para a banda?

 

SG: “Eu não sei se esse tipo de perspectiva estava presente na época, mas, definitivamente, sempre fomos uma banda conduzida pela guitarra. Quando o Matt escreve uma música, ao mesmo tempo está escrevendo na guitarra. Quando Jimmy estava vivo, escrevia a maioria das músicas na guitarra. Aproveitamos alguns elementos da nossa antiga banda, Pinkly Smooth. Temos músicas como “Fiction” ou “A Little Piece of Heaven” que são composições dele no piano, mas também temos músicas como “Brompton Cocktail” e “Afterlife” – estas são basicamente Jimmy compondo na guitarra. Todo mundo vêm de uma banda de punk rock, todo mundo teve uma guitarra nas mãos em algum ponto de sua vida, fosse liderando uma banda ou simplesmente descobrindo sua própria identidade.“

 

E você sabia que seria uma banda orientada por duas guitarras?

 

SG: “Não no início, quando começamos a escrever, todos gostavam da dupla de guitarras. Tudo tinha que ser harmonizado. De camada em camada. Quero dizer, se você ouvir o “City of Evil”, é camada e mais camada de harmonia ao mesmo tempo. Sendo vocais ou apenas notas da guitarra – tudo é preenchido até as bordas com harmonia. Então amenizamos isso um pouco. Mas, sim. Sempre gostamos disso, mesmo se ficasse parecido com as coisas do Queen ou do Mr. Bungle. Matt é um grande fã de Bad Religion, NOFX – coisas desse tipo. E tudo isso é baseado em harmonia. Minha música preferida de punk rock é “Linoleum” do NOFX. É pura harmonia e possui as melhores mudanças de acordes... Esse tipo de coisa foi completamente inspirador e monumental no desenvolvimento do Avenged.”

 

E Iron Maiden, Judas Priest?

 

SG: “Na verdade, não conhecia muito. Estamos entrando mais no Priest agora, mas certamente, era mais Iron Maiden. Mas tudo isso era coisa do Matt, o que é meio irônico porque fazemos aquela coisa ‘dual’ e tal. Conheço mais de Boston, coisas do tipo Queen. Mais vocalistas de punk rock também, porém ele sempre preferiu o Iron Maiden, especialmente quando começamos a ficar mais metal e/ou metal melódico, o que se opõe ao punk e ao hardcore.”

 

Aerosmith, Stones?

 

SG: “Sim. Rolling Stones veio mais tarde para mim. Eu preferia os Beatles. Todos nós fazíamos mais a linha Beatles do que Stones ou Elvis. E se não conhecíamos algo, nós aprendíamos e estudávamos sobre isso, por que achávamos melhor conhecer, e se possível, amar aquilo. Quanto mais você sabe, menos você se atrapalha, se tornando menos dependente de certas coisas, e assim você fica por dentro de tudo – que é como a música deve ser ouvida. Você não deve negligenciar coisas novas, e sim aceitar. Se quiser mudar, vá a algum outro lugar, ouça alguma outra coisa, mas tente, pois nesse caminho você pode encontrar algo que lhe aborreceu a vida inteira e começar a gostar. É uma mudança de vida, então não se prive disso.”

 

Você sempre foi tão calmo e controlado no palco?

 

SG: “Eu não sabia que deixava transparecer essa confiança, mas obrigado – é bom saber. Não faço ideia. Digo, já me apresentei de várias formas diferentes, e principalmente nas performances mais íntimas, me vejo como um total desastre. É, acho que hoje foi um bom dia.”

 

Como você deixou de estudar Jazz no “Musicians Institute” e partiu para “o lado sombrio” do Avenged Sevenfold?

 

SG: “Maus amigos, cara. Culpado por associação (risos). Eu escutava muito Danny Elfman. Aquela coisa de Pinkly Smooth foi definitivamente ideia do Jimmy, mas eu aceitei imediatamente e me senti muito confortável escrevendo e tocando com ele – foi muito divertido. Éramos crianças psicopatas, nos metíamos em muitos problemas e isso acabou nos colocando atrás de uma guitarra, com um bloco de papel e um piano. Simplesmente dois melhores amigos.”

 

Você trocaria de posição com algum desses caras? (Em relação aos Festivais)

 

SG: “Definitivamente. Acho bateristas as pessoas mais legais do mundo. Tipo, Jim Root (Slipknot/Stone Sour) é meu amigo e já tocamos várias coisas juntos – grande cara. Jake (Pitts) do Black Veil Brides também. Vinnie Paul... Nossa, definitivamente vamos nos divertir muito. Além das sessões de jam, conversar com pessoas centradas e ouvir sobre suas experiências é muito legal. É aquele clube de elite.”

 

Alguma vez já lhe ocorreu a ideia de voltar a tocar em pequenas cidades e bairros?

 

SG: “Fazemos coisas desse tipo de vez em quando, às vezes para o lançamento de um álbum, como da última vez, ao lançar o “Hail to the King”, tocamos no Palladium. Nosso amigo Jeremy Popoff, do Lit, é dono da Slidebar em Anaheim, e fizemos algumas coisas por lá e foi muito divertido. É mais sobre se reunir com amigos, essa merda é muito boa.”